sábado, 28 de maio de 2011

— Mas não é triste?
— O que?
— A tristeza…
— Claro que é. Céus, o nome já diz tudo: “tristeza”, de ficar triste.
— Eu sei. Mas continua sendo triste, a tristeza sendo vista de outro ângulo, se torna um precipício de onde você mesma se joga e tem medo de chegar ao chão. Se espatifar, se é que me entende. Ninguém quer ficar triste, mas arranja mil e um motivos pra se atirar do precipício, tem como entender?

segunda-feira, 23 de maio de 2011

tempo

Um dia me indagaram porquê o tempo passa e leva tudo com ele. Eu respondi sem pestanejar que ele não tem dó de nada nem ninguém e que esse é o seu papel. Devorar a tudo e a todos, sem um único motivo convincente. Para que, no final, o acusemos como culpado. Ele adora arrancar cascas, despreencher buracos, cutucar feridas. Ele tem o dom de nos arrancar pessoas num dia qualquer, como se elas não fossem fazer falta alguma. É como se a cada tic-tac, sonhos estivessem sendo assassinados por ele. Sem dó, sem piedade e sem pensar em mais nada. O tempo adora ser lembrado, eu disse. Naquele instante, até mesmo ele, o tempo, se calou.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

meu sorriso, minha decepção, mas para sempre minha inspiração.

Eu me ajoelho, ignoro a dor que sinto quando toco o chão frio. Junto minhas mãos e com lágrimas caindo sem parar, com o coração desesperado eu vou em busca de ajuda. Eu começo a recitar aquelas palavras tão conhecidas por mim e pelo meu coração, ignorando a dor que eu sinto bem no fundo. E com todo o coração eu peço por forças, por luz. Eu peço que nunca me deixe desistir, que me mantenha forte, que esteja comigo. Eu imploro por ajuda, imploro por algo que reconstrua tudo aquilo que está quebrado. Eu fecho os olhos e me calo por alguns segundos. “Por favor”, eu digo em meio a milhões de pensamentos. É a unica saída que eu tenho, a única que me resta, a única pessoa com quem eu posso realmente contar. Em meio as lágrimas, eu adormeço. E sempre quando eu estou prestes a cair no inconsciente, eu sou capaz de sentir uma força enxugando as minhas lágrimas, um pequeno sussuro que diz: “eu estou aqui”.

Olá meninas (: quanto tempo sem aparecer por aqui, né? É que eu estava sem internet. Mas já to de volta, e se vocês comentarem sempre, vou postar meus textos todos os dias.
Larissa Mattos.